terça-feira, 22 de dezembro de 2009

Um Feliz Natal

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A quem se tem queixado do meu silêncio, peço as minhas desculpas e informo que tenho andado com ainda menos tempo que o habitual porque estou a estudar para dar forma a um projecto para o próximo ano. Lá para finais de Janeiro ou princípios de Fevereiro já deverei ter novidades, espero!
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Aproveito também para desejar a todos um Feliz Natal e que o novo ano de 2010 vos traga muita força, esperança e energia para que consigam realizar os vossos sonhos.
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Até para o ano!
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quinta-feira, 19 de novembro de 2009

Um sonho especial

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. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .Imagem retirada da internet
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Sempre sonhei muito e ainda me lembro de alguns sonhos dos meus tempos de criança, mas não recordo nenhum que me tenha marcado como me marcou um que sonhei esta noite e duvido que alguma vez se apague da minha memória...
Eu estava no consultório de uma médica pediatra no papel de terapeuta no intuito de tentar ajudar um menina com não mais de cinco anos cujo pai ali havia levado à revelia da mãe.
Dei-lhe algumas canetas de cor para as mãos e, antes de ter tempo para mais, ela tem um "ataque", contorcendo-se violentamente.
No momento seguinte a menina estava ao meu colo, de frente para mim, semi-deitada nas minhas pernas enquanto eu lhe amparava as costas e a cabeça.
Mantinha ainda um marcador preto na agarrado na sua pequena mão, tinha os olhos manchados de negro e o lado esquerdo da sua face cheio de garatujas da mesma cor onde se conseguiam identificar as letras H E L P que iam do queixo até à linha do cabelo.
Algo dentro de mim gritava: envenenamento!
Olhei para a médica e, sem que o pai ouvisse, perguntei-lhe o que pensava. Ela encolheu os ombros com uma expressão de impotência no rosto e disse: "também me parece mas as análises topológicas vieram negativas..."
Contudo, o que mais impressionou foi a intensidade do olhar daquela menina preso no meu, firme mas sem desespero, a enfrentar-me.
Do mais profundo do meu coração veio a promessa: "Eu vou ajudar-te!"
E acordei.
Eram certa de 2H30 da manhã, despertei e tive dificuldade em voltar a adormecer porque parecia continuar a ver à minha frente aqueles olhos fixos nos meus e algures dentro de mim ressoavam as palavras "estou à tua espera".
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Esta história não foi inventada, foi mesmo um sonho e, como tal, terá pontos pouco plausíveis ou mesmo incoerentes. E também sei que por detrás dela está a minha vontade de me tornar terapeuta e a paixão pelas crianças, assim como o livro em inglês que tenha andado a ler sobre arte-terapia, mas gostava de saber mais.
Parece-me estar cheia de pequenos simbolismos que não faço ideia de como interpretar...
Alguém me pode ajudar?
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quarta-feira, 18 de novembro de 2009

Brincar com a arte

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. . . . .. . . . . . . . . . . . . . ...Imagem retirada da Internet

Recebi recentemente um convite para um curso intensivo de arte terapia a realizar pela S.P.A.T. nos próximos dias 28 e 29 de Novembro. Isso fez reacender-se em mim uma já antiga curiosidade sobre a arte terapia, e levou-me a ler sobre esta forma de arte tão diferente da que fez parte de alguns dos mais importantes anos da minha vida de uma forma não tão positiva como eu gostaria e deveria ter sido. Algo que me surpreendeu foi que, ao contrário do que pensava, a arte terapia não incide sobre a análise ao que as pessoas fazem, pelo menos para a maioria dos arte terapeutas, mas sim no apoio e orientação do cliente incentivando este a identificar o significado do que produziu.
À semelhança da Focalização, também aqui o cliente é levado a fazer um fazer um intenso trabalho interior estando sempre no comando do seu próprio processo. Para alguém fundamentalmente analítico como eu, juntando as inúmeras aulas de arte de arte e as nem sempre positivas críticas que recebi, conseguir largar as regras e pôr no papel o que quer que seja sem estar constantemente a pensar se está ou não “bonito” é algo brutalmente difícil e um desafio que estou disposta a enfrentar.
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Num passeio pela internet descobri as mandalas. Acredito que, para mim, nada podia ser melhor para começar e para voltar a pegar ao fim de tanto tempo nas canetas e nos lápis de cor.
Foi uma sensação extraordinária!
É sem qualquer dúvida, uma actividade relaxante e estava ao mesmo tempo a fazer algo “bonito”. Como os primeiros desenhos que imprimi tinham imagens concretas de flores, estrelas e anjinhos, é claro que as primeiras cores em que peguei, foram o amarelo para as estrelas, rosa para as flores e tudo como é “suposto”. Depois o meu “bichinho” interior, já espicaçado pelo desafio anteriormente assumido resolveu “quebrar as regras” e troquei as cores todas. Foi divertido e continuei a obter um resultado visual agradável. Que mais podia pedir?
Volto a afirmar que foi uma sensação fantástica e só me apetecia continuar agarrada aos lápis e às canetas, debruçada sobre umas folhas de papel a pintar.
Pode soar infantil, mas é aí mesmo que reside o âmago da questão: vivemos os nossos dias agarrados às nossas rotinas, presos nos nossos problemas e, na maioria dos casos, esquecemo-nos de "brincar", de descontrair e do tão bem que isso nos fazia sentir.
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quinta-feira, 15 de outubro de 2009

Sonhar um sonho

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......................Imagem retirada da Internet
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Há muito tempo que ando à minha procura nesta vida, que é o mesmo que dizer que procuro algo que me preencha, que me faça sentir realizada, que me ensine a transmitir o muito que já aprendi ao longo desta e de inúmeras outras vidas para, assim, poder ajudar outras almas perdidas.
Como um pequeno pardal que saltita de galho em galho, também eu já experimentei um pouco de tudo, principalmente no que diz respeito aos trabalhos manuais (até já ensinei o meu marido a arranjar estores! :) ) e sou mestre na arte de começar e não terminar, de ver o entusiasmo desvanecer com a mesma facilidade com que havia surgido.
É por isso com agradável surpresa, que vejo a minha tradução chegar ao fim, a revisão concluída, pronta para uma última análise a fazer por alguém "de fora", depois de muitas horas de dedicação e empenho, e sem aquela já tão familiar sensação de um arrastar entediado.
A forma como o trabalho fluía sem esforço, mesmo naqueles dias em que, ao início, a ideia de lhe pegar nem era das mais animadas; a voz que me dizia, confiante, que tenho tudo para fazer um excelente trabalho, quando sempre fui a primeira a duvidar das minhas próprias capacidades; as palavras que surgiam, na minha mente ou em páginas de livros ou revistas que entretanto ia lendo, quando uma frase ou expressão do texto original me deixavam atrapalhada; tudo isto tem vindo a alimentar a minha convicção que estou, finalmente, à beira de realizar o meu sonho.
Posso ainda ter um longo caminho a percorrer, sem dúvida, mas para quem já tanto caminhou e desesperou, a mera perspectiva de ter um objectivo definido à minha frente enche-me de ânimo e força para enfrentar o que ainda está para chegar.
Ainda tenho de ir "bater a algumas" portas para tentar vender o meu trabalho, mas sei que o meu entusiasmo e confiança nesta técnica que tem vindo a crescer e a dar frutos tangíveis ao longo de todo o mundo são uma arma poderosíssima para ajudar a abrir e entrar e atingir o meu objectivo.
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Sonha, acredita, trabalha... sê feliz!
E não te esqueças de ouvir o teu corpo...
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domingo, 23 de agosto de 2009

Percursos

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.................................................Imagem retirada da Internet
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Se há coisa que acredito já há algum tempo é que quando chegamos a esta vida já trazemos um objectivo pré-definido. Qual o percurso que seguimos e até mesmo se o cumprimos, isso já é uma opção nossa. Por vezes deixamo-nos cegar pelos obstáculos que a vida nos coloca, a mente cria medos como "defesa", e perdemos a ligação com o nosso eu interior, aquele que sabe, para além do racional, o que é o melhor para nós.
Curiosamente, ou talvez não, a verdade é que desde que tive de reconstruir a minha vida que passei a ser mais optimista e a procurar respostas dentro de mim mais que no exterior. Tem sido um percurso longo, cheio de altos e baixos, mas quanto mais o percorro mais razões tenho para acreditar que estou no caminho certo. As coincidências acontecem e os tropeções também, mas desde que comecei a olhar para estes como contendo uma mensagem para mim, algo a aprender, tornaram-se bem mais leves.
Hoje, numa fase algo conturbada, particularmente em questões financeiras, tenho períodos em que me deixo controlar pelos receios da mente, pela insatisfação do presente e inseguranças do futuro, contudo, quando relaxo e "desligo", sinto algo dentro de mim que me traz uma tremenda tranquilidade, que me diz que tudo vai correr bem, que estou no caminho certo. E a verdade é que pela primeira vez em toda a minha vida sei o que quero fazer, tenho um plano a seguir, passos concretos a dar. Tenho um objectivo, uma meta.
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Há cerca de um ano atrás descobri Byron Katie e, considerando todo o meu percurso de auto-descoberta, ela fez-me fazer uma espécie de triagem sobre tudo o que tinha lido e aprendido e perceber o que fazia ou não sentido tendo-se tornado num ponto de viragem no meu caminho. Depois vieram Eckheart Tolle e Gina Lake que, tendo em comum com Byron Katie - o momento presente e a sua realidade imutável - me levaram um pouco mais longe. Christianne Águas também foi, e ainda é, importante na forma como estruturo os meus pensamentos, a minha forma de pensar.
Mas nenhum deles me ensinou a lidar com as minhas emoções negativas. Quando me sentia mal, fazer O Trabalho por escrito resultava mas apenas para as coisas mais leves como pequenos atritos no trabalho ou com amigos entre outros. Para os medos de longa data, os mais intrínsecos ou situações verdadeiramente complicadas ou dolorosas a mente prevalece e muitas vezes acabava por conseguir ultrapassar remetendo-os para um canto escondido algures dentro de mim sem que os resolvesse verdadeiramente.
Foi então que descobri "Focusing":
Focusing é uma técnica desenvolvida pelo Professor Gene Gendlin que, nos anos 60, começou uma investigação sobre a questão "Porque é que a psicoterapia ajuda algumas pessoas e não outras?". Após gravarem centenas de sessões completas com diversos terapeutas e clientes, e tendo comparado e analisado exaustivamente as mesmas, ele e os seus colegas chegaram à conclusão que a diferença não estava nos profissionais nem nas técnicas por eles utilizadas mas sim nos clientes.
Os pacientes que obtinham sucesso tinham uma consciência física vaga e difícil de descrever que sentiam directamente durante as sessões enquanto os outros mantinham uma postura inteiramente racional.
Focusing é um processo de auto-consciência e cura emocional orientado para o corpo. É tão simples quanto apercebermo-nos de como nos sentimos e então ter uma conversa com as nossas sensações em que, basicamente, fazemos o papel de ouvintes. É estabelecermos uma relação de amizade com o nosso corpo, onde prevalecem a abertura total e ausência de críticas, de forma a podermos ouvir e entender a mensagem que ele tem para nos transmitir quando se manifesta através de emoções e sensações físicas.
Em Portugal ainda não existe nada sobre este tema na nossa língua e a minha actual ambição começa por traduzir um dos livros, encontrar uma editora interessada em publicá-lo (o mais difícil) e tirar os cursos necessários de modo a poder tornar-me professora deste método e ajudar a trazê-lo para cá pois estou absolutamente convencida do seu enorme potencial para ajudar a mudar a vida a inúmeras pessoas.
Um sonho ambicioso, talvez, mas se este for de facto o meu caminho então estou certa que as coincidências acontecerão e as portas acabarão por se abrir.
Agora e sempre - um dia de cada vez.
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sábado, 18 de julho de 2009

Aprender a Ser

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Esta foi a minha última descoberta!
Uma reportagem com a Fátima Lopes na Revista Zen Energy levou-me à procura de Christiane Águas e assim descobri os seus livros que acabei por comprar e ler.
Não vou dizer que acredito que TUDO o que acontece nas nossas vidas tem relação directa com os nossos pensamentos, mas não tenho a mínima dúvida que estes que são o principal motor do nosso estado de espírito que, por seu lado, influencia o nosso dia-a-dia e isso sim, pode mudar por completo o nosso percurso nesta vida.
E também acho que este método deixa "de fora" as nossas emoções. Se me sinto mal acredito mais em enfrentar esse sentimento do que em empurrá-lo para algum canto longínquo e camuflá-lo com pensamentos positivos...
Mas mantenho a convicção que a forma como são estruturados os nossos pensamentos é essencial e, por isso, sem possibilidade de momento de frequentar os seus workshops estou empenhada em cumprir a sua proposta de programa autodidacta e não deixa de ser curioso notar como, ao me tornar mais consciente das palavras que utilizo nos meus pensamentos e, assim, ter a preocupação de substituir as negativas por outras mais optimistas, vou constatando a diferença nos resultados finais.
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Na Zen Energy de Julho (da qual me estou a tornar particularmente fã) vem uma reportagem intitulada Enraizamento com texto de Isabel Leal que começa assim:
"Em Portugal, culturalmente, somos ensinados desde cedo a pensar pequeno, que a vida se faz com esforço e que tudo tem o seu preço. Estes pensamentos criam o amanhã de todas as pessoas. Todo este cenário tem de ser alterado. É necessário ter pensamentos positivos. Aos pensamentos seguem-se as escolhas e as atitudes: pessoas com bons pensamentos fazem melhores escolhas e têm melhores atitudes."
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Não me parece fácil contrariar a lógica deste comentário. Não digo que pessoas mais pessimistas não possam atingir os seus objectivos contudo estou certa que será de uma forma mais dolorosa e com muito menor satisfação pois têm, habitualmente, tendência para nunca estar satisfeitos com o que conseguem sendo os "defeitos" o foco principal da sua atenção.
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A mesma reportagem continua com o seguinte:
"Ensinar as técnicas de enraizamento a adultos e a crianças contribui para que a vida no planeta Terra e a realidade material fluam de forma mais natural e com mais sucesso.
Numa época em que a palavra "crise" impera e as ambições e realizações estão mais confusas e dispersas, é possível aprender como trazer até ao nosso quotidiano aquilo de que realmente precisa.(...)
É importante deixar de lado os medos ou as energias e experiências que temos passado, pois estes vão inlfuenciar constantemente o presente de forma negativa ou viciada. Guardar apenas os bons momentos é uma escolha. (...)"
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Embora gostasse não posso nem faz sentido transcrever para aqui toda a reportagem, por isso sugiro, a quem tenha ficado com curiosidade a compra desta revista pois pode ficar a conhecer mais a técnica de enraizamento que nada tem de complicado e, acredito, pode ajudar no nosso dia-a-dia.
São dadas sugestões simples, para além de determinados "desportos" como o Yogo, Judo, Karaté Taekwondo entre outros, como o dar uma abraço a nós mesmos, tomar um banho relaxante, abraçar uma árvore, descalçar e deitar, num jardim ou na praia, e sentir o solo com os pés e as mãos por alguns minutos.
Numa altura de férias nada disto é assim tão difícil de conseguir fazer se apenas nos lembrarmos de tal. Como tenho experiência, como já aqui antes descrevi, do indescritível prazer que andar descalça à beira da água de um pacífico lago e trepar a árvores e sentir-me parte delas, apenas me sinto algo "idiota" por não me lembrar de o repetir mais vezes, por deixar que a ideia do que o que os outros possam pensar de mim interfira no que tantas vezes me apetece fazer: descalçar e sentir a relva com os meus pés ou mesmo abraçar uma árvore.
Já que estou de partida para umas merecidas e mais que necessárias férias, prometo a mim mesma fazê-lo com os meus filhos para que também eles possam sentir a magnífica energia da Natureza à qual pertencemos mas da qual tanto nos esquecemos.
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Desejo a todos os que já estão ou ainda estejam para ir, umas excelentes e repousantes férias!
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segunda-feira, 22 de junho de 2009

Atelier p/Vítimas de violência doméstica

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............................ ...... . Imagem retirada da Internet


No seguimento do meu último post quero aqui descrever a ideia que me surgiu recentemente e que, em conjunto com a minha amiga Paulinha da Casinha de Artes, estou a desenvolver e tentar levar à prática:
Trata-se de criar um atelier de Artes Manuais destinado a abrigos que acolhem mulheres e crianças vítimas de violência doméstica na cidade de Lisboa com duração de aproximadamente 1H30 por semana em regime de voluntariado.
Conscientes de que as mulheres que se refugiam nestes abrigos se encontram numa condição psicológica particularmente sensível, em fase de transição e do sigilo em que tudo se desenrola, pretendemos proporcionar-lhes algum tempo longe dos seus problemas dedicando-se a pequenas actividades onde possam verificar resultados rapidamente, num único dia, e orgulhar-se do trabalho efectuado com as suas próprias mãos.

Não sei se estou a ser demasiado “romântica” ou a sonhar alto demais, mas embora este tipo de coisas pareçam, a muitas pessoas, pertencerem a um mundo distante, a verdade é que os números referentes à violência doméstica são cada vez mais altos, quer seja por haver cada vez mais denúncias, ou agressões e, da minha parte, gostava de dar a minha humilde contribuição com algum do pouco tempo que tenho…

O e-mail com a proposta já foi enviado para várias associações e aguardamos agora resposta.
Estou convicta do seu valor e se não for neste formato, quem sabe de alguma outra forma elaborada em conjunto com quem vive este tema por dentro no seu dia-a-dia.

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sábado, 23 de maio de 2009

Mulheres fantásticas

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Nunca fui pessoa de muitas amizades, o meu estilo é mais “dou-me com toda a gente, não me dou a ninguém” e já em miúda tinha grandes dificuldades em me integrar. Hoje em dia sou aquilo a que a minha mãe chamaria “bicho-do-mato”e se antes me ressentia de raramente ser convidada para acompanhar ou participar no que quer que fosse, cada vez mais tenho prazer e procuro estar apenas na minha própria companhia. Tenho aprendido a aceitar que sou mesmo diferente da maioria das pessoas com quem partilho o meu dia-a-dia e quando encontro alguém que “fala a minha língua” é uma sensação extraordinária.
No meu reduzido grupo de AMIGOS tenho duas mulheres que considero fantásticas e que muito admiro e invejo (no bom sentido):
Uma é “Uma Mulher Fantástica” que conheci há poucos anos e desde a primeira vez que os nossos olhos se cruzaram existiu aquela sensação de reconhecimento. Não tenho a mínima dúvida que, independente do percurso de vida que cada uma nós tem pela frente e das pessoas que nele hão de entrar e sair, a nossa amizade a tudo há de sobreviver.
Esta MULHER é professora de alma e coração que, sem pertencer ainda aos quadros do ministério, não deixa ninguém indiferente por onde tem passado e os seus alunos sempre se despedem dela de lágrimas nos olhos.
Impossível não lamentar que não existam no nosso sistema de ensino mais professores como ela que, pondo de lado a falta de apoio e incentivo do estado e todas as razões de queixa, que sem dúvida tem como todos os outros, aposta tudo nos jovens que lhe vão parar às mãos.
Para além disto ainda criou um programa especial para reclusos e por muita televisão que possamos ver e nos tentarmos imaginar no seu lugar, nada se pode comparar à descrição que ela fez das primeiras vezes que entrou naquelas instalações (e está a trabalhar com várias prisões) e sentir como que milhares de olhos postos em si, ouvir todo o tipo de comentários e engolir em seco, em particular nas primeiras aulas, para não pensar no possível/provável passado de cada homem que se sentava à sua frente…
Uma visita ao http://aspalavrasnuncatedirei.blogs.sapo.pt/ e encontrarão o seu coração.

A outra, não menos fantástica MULHER, já entrou na minha vida há perto de 15 anos e mesmo tendo passado mais de 7 durante os quais perdemos contacto, não deixa de ser curioso em como de ambas as vezes que fiquei grávida dos meus filhos ela foi uma das primeiras pessoas a saber… Admiro-a muito pela coragem que poucos conseguem ter para largar um emprego estável com ordenado garantido (tanto quanto possível nos dias de hoje) para seguir o seu sonho e hoje faz workshops de artes decorativas principalmente com crianças, a sua maior paixão, entre elas algumas com problemas e necessidades especiais com quem tido resultados extraordinários. E se tem passado por dificuldades e obstáculos de todos os tipos a verdade é que não tenho dúvidas que quem segue o coração e se entrega de corpo e alma tudo supera!
O seu trabalho pode ser espreitado em http://casinhadeartes.blogspot.com/ e, para quem gosta deste tipo de artes, pode encontrá-la na próxima FIL Artesanato de 27 de Junho a 5 de Julho.

Estas MULHERES são os meus exemplos pessoais do tipo de vida que ambiciono para mim mesma porque sempre fui uma pessoa de paixões, daquelas que o dinheiro por si só não serve de motivação, preciso de fazer algo que faça todo o meu ser vibrar.
Com um emprego fixo e uma criança de pouco mais de um ano (que exige muito mais tempo e atenção que a mais crescida que já é autónoma), praticamente não tenho tempo para sequer respirar e isso está a fazer-me, lentamente, esmorecer, sufocar...
Nasci com capacidades para fazer qualquer tipo de trabalho manual e já muitos me disseram, ao ver os meus trabalhos, que me estou a desperdiçar no banco, mas também não me imagino a fazer disso vida... Gosto de experimentar coisas novas, testar diferentes materiais, ver os resultados mas repetir para venda, por exemplo, já não me atrai.
Também sou fascinada pela mente humana, com todas as suas complicações, mas ficar sentada num consultório a ouvir pessoas atrás de pessoas a queixarem-se das suas vidas não é para mim.
Sei que tenho muito para dar e, se nunca encontrei algo concreto que adorasse e que pudesse desenvolver, uma das coisas que me aquece por dentro e me preenche por completo é conseguir ajudar alguém que está a passar um mau bocado a sentir-se melhor e é algures por aqui que a semente de um projecto que envolve um pouco de cada uma destas coisas se tem vindo a desenvolver na minha mente.
Espero muito em breve ter algo mais concreto para aqui expor pois vou precisar de ajuda para o concretizar…
Até breve!
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sexta-feira, 15 de maio de 2009

Tão Simples...


"Nunca sairás de onde estás até decidires onde preferias estar."


Pode não fazer sentido para a maior parte das pessoas, mas para quem nunca soube onde se encontrar, como eu, nunca tal fez maior sentido.
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terça-feira, 28 de abril de 2009

Mulher Coragem

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............................................Imagem retirada da Internet
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Susan Boyle é uma mulher inglesa, solteira, de 47 anos, que vive com o seu gato, e que participou no programa britânico "Britain's Got Talent" semelhante ao "American Idol" que é exibido nas nossas televisões.
Com o seu ar algo provinciano esta MULHER (e escrevo-o em maiúsculas por acreditar que o merece) teve a verdadeira audácia de enfrentar uma audiência composta maioritariamente por jovens ambiciosos que se riem de si, assim como um júri de três pessoas entre as quais Simon Conwell que assim que a viu exibia o seu já familiar ar que parece dizer "tirem-me deste filme", com boa disposição e sentido de humor.
A verdade é que quando ela começa a cantar o ar de espanto de todos os presentes naquele auditório é indescritível e penso que não será muito diferente do de qualquer pessoa que veja este vídeo - a sua voz é verdadeiramente extraordinária!
Rapidamente todos a aplaudiam em pé incluindo os júurados (com a excepção de Simon, claro, embora de boca aberta) e no final é notória a sua surpresa ao ouvir que tinha passado a eliminatória.
Vale a pena pensar até que ponto estamos nós preparados para ir para ir atrás dos nossos sonhos e como somos preconceituosos e tantas vezes julgamos pelas aparências.
E vale também muito a pena ver este vídeo cujo link anexo (até aprender a carregá-lo directamente no blog :-) )
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http://www.dailymotion.com/video/x9119v_la-voz-del-2009_music
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sexta-feira, 24 de abril de 2009

O meu novo Site

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Porque o meu mundo é diversificado e para poder ter um pouco de tudo num só lugar criei um site onde espero a vossa visita e comentários.
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Obrigada!
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quinta-feira, 9 de abril de 2009

A sabedoria da idade

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....................Imagem retirada de Flickr.com
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Esta manhã o André Henriques, das Mega Manhãs que gosto de ouvir a caminho do trabalho, contava uma história sobre o sismo que atingiu a região de Abruzzos, em Itália, na noite do último domingo, um milagre no meio da devastação:
Uma senhora com 98 anos, seu nome Maria, ficou presa nos escombros durante 30 Horas e quando a resgataram pediu um pente para se pentear. Contou então que durante esse período se entreteve a fazer tricot com uma agulha que levava consigo e um novelo encontrado perdido e assim passou o tempo sem pânicos nem aflições.
Que se pode dizer sobre tamanha lição de vida?
Estou certa que Maria nunca ouviu falar de Byron Katie e "O Trabalho" nem tão pouco de Eckhart Tolle e "O Poder do Agora", e a verdade é que a sua atitude foi exactamente o que ambos apregoam - nada mais que aceitar totalmente o que o presente lhe havia trazido.
Quanto teremos de viver e sofrer para aprender a viver assim?
E porque despreza tanto a nossa sociedade aqueles que mais têm para nos ensinar?
?

Uma boa Páscoa para todos!
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quarta-feira, 8 de abril de 2009

Querer ou talvez nem tanto...

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................... ....Imagem retirada da Internet


A nossa mente tem uma maneira de funcionar algo estranha...
Ou pelo menos a minha tem!

Por mais que faça o Inquérito e conheça em primeira mão a forma como me ajuda a ultrapassar situações desagradáveis, há alturas em que me sinto absolutamente deprimida, triste, magoada ou cheia de raiva e a única coisa que quero é "encolher-me" no meu canto, que me deixem em paz a "curtir a minha ".
Porque é que nos momentos em que mais falta me faz eu não consigo utilizar esse método?
Parece que gosto de me sentir assim e que não quero deixar de estar mal.
Compreendo porque tantas pessoas desvalorizam este e qualquer outro método quer simplesmente não acreditando quer dizendo que não é para si.
A verdade é que qualquer (ou grande parte) deles pode resultar se apenas tentarmos!
E com qualquer pessoa!
É necessária, certamente, uma grande força de vontade e por vezes mesmo coragem para entrarmos dentro de nós mesmos e arriscarmos analisar a nossa própria mente. Descobrir o que vai cá dentro não é, na maioria das vezes, fácil mas o primeiro passo é o pior.
Contudo quando estamos mal com alguém e pegamos numa folha de papel para deixar a nossa criança interior sair e fazer todo o tipo de queixas possível e imaginário é só por si libertador e pode até chegar a ser divertido ler o que escrevemos, pelo menos uns tempos mais tarde.
Depois podemos ir um pouco mais longe e parar para ver como nos sentimos e como seria se não conseguíssemos ter aqueles pensamentos que nos estão a deixar mal. Uns poucos minutos são suficientes e se conseguirmos fazer as inversões, para mim muitas vezes o mais difícil, então sairemos de todo o processo pessoas livres.

"Basta" QUERER MUITO!
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segunda-feira, 6 de abril de 2009

Encontra o caminho da apreciação

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If you don't appreciate what you have in life right now, whatever it is, you will never realize your purpose. Without appreciation, you will never become strong enough to respect yourself.
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Se não estimas o que tens na viva neste momento, seja o que for, nunca realizarás o teu objectivo. Sem apreciação nunca te tornarás forte o suficiente para te respeitares a ti próprio/a.
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quarta-feira, 18 de março de 2009

Maus Colegas

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....................Imagem retirada da Internet

Quem nunca teve um mau colega?

Um colega meu teve, há poucas semanas, uma discussão com o nosso chefe que, a meu ver, tinha mais razão que ele, e desde aí o seu rendimento que já não era alto caiu a pique. Entretanto decidiu meter baixa por 3 semanas e a maior parte de nós pensou que se iria prolongar, mas não, voltou e com o mesmo ritmo dos dias imediatamente anteriores.
Tudo isto poder-me-ia ter passado ao lado não fosse ter começado, há não muito tempo atrás, a aprender o seu trabalho para o poder substituir durante as férias e outras ausências pelo que nessa altura estava ainda muito "verde" e fui apanhada de surpresa com diversas situações que não sabia mesmo fazer mas tudo acabou por se resolver.
Também isto nada teve de transcendente mas houve algo pelo meio que me deixou verdadeiramente irritada: no dia em que ficou de baixa o dito Sr. entrou no nosso local de trabalho sem sequer um "Bom dia" dirigindo-se directamente ao chefe para entregar o documento optando igualmente por me ignorar quando lhe dirigi palavra e saindo sem mais.
Ele pode ter os seus motivos para estar revoltado com a chefia, mas pessoalmente nuca lhe dei qualquer motivo para ser rude e, principalmente como colega que o ia substituir, não esperava tamanha falta de consideração. Agora sou constantemente chamada para o ajudar a concluir tarefas (que quando sozinha não tive qualquer dificuldade em desempenhar sozinha) atrasando assim o meu trabalho e a irritação começou a acumular-se dentro de mim.
Quando decidi fazer O Trabalho sobre isto a minha mente começou por se opôr terminantemente: era como se ao deixar de estar chateada com ele lhe estivesse a dar razão. Ele e a sua atitude estavam certos e eu errada por me sentir assim. Ora isto é algo que o meu ego tem MUITA dificuldade em aceitar.
Mas o facto é que ele fez o que fez porque achou que devia fazer e nada pode mudar essa realidade. Não me compete a mim decidir a forma como ele se deve sentir e agir acima de tudo quando não faço a mínima ideia do que vai pela sua cabeça. Mas posso e DEVO alterar a forma como isso me faz sentir principalmente quando essa sensação é tão negativa. Se entrasse em conflito directo com ele teria mais problemas que vantagens e iria certamente criar um péssimo ambiente de trabalho. Do outro lado tenho a hipótese de fazer o meu trabalho o melhor possível reduzindo ao mínimo indispensável a comunicação entre nós.
E desta forma não foi tão difícil convencer o meu ego que nem tudo passa por estar certa ou errada
E também posso optar por ver nele uma pessoa triste e revoltada que interiormente se deve sentir bastante mal e que não teve provavelmente a intenção de me ofender directamente.
Questionar os meus pensamentos nem sempre começa por ser fácil e simples, mas termina SEMPRE da melhor forma.
É bem mais fácil viver assim!
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quinta-feira, 26 de fevereiro de 2009

Medo

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..................Imagem retirada de Flickr.com

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Se perguntar por aí se o "Medo" é saudável, estou certa que a maioria das pessoas me responderá que sim, muitas poderão dizer “sim, até certa medida”, mas ninguém, ou muitíssimo poucos responderiam não.
Pois cada vez mais me convenço que o medo pouco ou nada tem de saudável, que ajuda muito menos que atrapalha.
Quantas vezes deixamos de fazer o que gostaríamos ou até de seguir determinado rumo de vida com medo do futuro e de nos vermos perante dificuldades que, no momento presente, apenas existem na nossa cabeça...
O certo é que, independentemente do que escolhermos fazer, iremos SEMPRE, mais tarde ou mais cedo, deparar com dificuldades e, a meu ver, ainda bem pois são elas que mais nos ajudam a crescer. Então se assim é, talvez seja mais correcto, e saudável, seguir o que o nosso coração nos diz pois, sem qualquer dúvida, o que vem do coração traz-nos mais felicidade e prazer.
Mas mesmo nas mais pequenas coisas do dia-a-dia o medo pode atrapalhar - não corremos riscos com medo do preço a pagar, protegemos os nossos filhos com medo do que lhes possa acontecer...
Isso é bom?
Quero com isso dizer que os devemos deixar fazer o que quiserem sem conta nem medida?
Certamente que não tanto, mas existe medo e existe respeito!
Obviamente que é necessário ter em conta que tudo o que fazemos tem consequências e algumas bem pesadas e isso é algo que não podemos esquecer, mas uma coisa é a ponderação e o respeito pela vida, outra, muito diferente, é o MEDO.
Através da ponderação, principalmente quando damos mais ouvidos ao coração que à mente, poderemos viver a vida de forma plena que nos faz sentir preenchidos e mais vivos.

Também há quem diga que vive muito bem sem correr riscos mas será que, lá bem no fundo, não esconde um certo vazio?
Não empurrará para o canto mais longínquo da sua mente a vontade de fazer algo por simples prazer sem pensar em NADA?
Se me proibir ou ao meu filho de me/se aventurar em determinada diversão mais arriscada, posso, sem dúvida, estar a preservar a minha/sua integridade física, ou até mesmo a vida mas provavelmente também me/o estarei a privar de sensações únicas e insubstituíveis. E qualquer um de nós se poderá magoar ao tropeçar e cair de umas escadas e não é por isso que vamos deixar de as subir ou descer!

Depois também existe a DÚVIDA, prima direita do MEDO, que, de forma mais subtil que este, tantas vezes nos leva a evitar determinados percursos simplesmente porque talvez não seja o melhor...
Esta, para mim, tem sido bem mais paralizadora que o MEDO em si - se por um lado me considero uma pessoa aventureira, por outro são inúmeras as coisas que já deixei de fazer, ou apenas de terminar porque duvido das minhas próprias capacidades...
Vozinha irritante esta que sempre põe em causa qualquer coisa mais "arriscada", mais fora do habitual, que me proponha fazer, como quem eleva a fasquia mas depois não acredita ser capaz de a atingir. Como a faço entender que ninguém nasce ensinado e que é através do erro que se chega à perfeição. A mente sabe mas...

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terça-feira, 3 de fevereiro de 2009

A preto e Branco

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......................Imagem retirada de Flickr.com

Quando conhecemos alguém pela primeira vez de imediato formamos uma opinião. Algumas pessoas orgulham-se de raramente errar, pessoalmente chego, de vez em quando, à conclusão que me enganei e por vezes redondamente.
Agora pergunto:
Será que estamos mesmo certos quer se confirmem ou não as primeiras impressões?
Até que ponto conhecemos MESMO alguém por mais convívio que tenhamos com ela?
Tenho a certeza que a maioria das pessoas que conheço, e algumas delas há muitos anos, se lessem este blog, se surpreenderiam com o lado que aqui mostro.
Como é possível sabermos o que leva alguém a tomar determinada atitude que nos ofende e/ou magoa? O que se passará na vida dessa pessoa ou como se sentirá ela nesse preciso momento? Quem somos nós para julgar ou condenar?
Só nós mesmos sabemos o que nos passa pela cabeça no preciso momento em que respondemos "torto" a alguém ou até quando tomamos uma decisão que por vezes até nós mesmos surpreende.
Mas uma coisa é justificarmos a nós mesmos as nossas próprias acções, e o Ego sempre encontra um motivo por muito pouco plausível que até possa ser, outra é vermos noutro alguém semelhante a nós com os seus motivos que desconhecemos numa pessoa que nos "agride".
Quando o nosso Ego se sente ofendido é tão rápido a saltar em sua própria defesa que julga e condena sem parar tempo suficiente para ponderar se tem direito a tal ou não.
Quer isto dizer que temos o direito de ofender quem quisermos e o dever de "dar a outra face" a quem nos agride?
Talvez se todos aprendermos a ver o mundo e as pessoas que nos cercam de forma mais colorida, possamos agir e reagir de forma mais ponderada e pacífica sem pisar ninguém pelo caminho vendo nos outros seres humanos iguais a nós.
Afinal não vivemos num mundo a Preto-e-Branco.

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sábado, 24 de janeiro de 2009

No Trabalho

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.............................Imagem retirada de Flickr.com

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Aprender a gostar do meu trabalho é, por si só, uma ideia que há uns anos atrás me pareceria aterradora.
Quantas vezes exclamei convicta:
"Não sou uma pessoa conformista!"
Hoje, com o peso de experiências passadas, aquilo a que chamamos maturidade, olho para trás e verifico que essa atitude me trouxe mais dissabores que benefícios.
Se me perguntarem se me agrada imaginar-me daqui a 30, 20 ou mesmo 5 anos a fazer o mesmo que hoje, a resposta ainda é a mesma - ideia tão deprimente, a diferença é que hoje me recuso a pensar no assunto e tento, cada vez mais, viver o momento presente. Um dia de cada vez e nada mais.
Voltando ao início, e apesar de aceitar o meu actual dia-a-dia, a verdade é que aceitar não é gostar e sei que se aprendesse a gostar MESMO do meu trabalho, a minha vida, no geral, seria bem mais agradável. Deixaria, provavelmente, de sentir aquela insatisfação, desmotivação, que se mantém maioria das vezes bem enterrada mas contudo ainda presente e que, por isso, de vez em quando sobe à superfície sob a forma de impaciência e agressividade geralmente injustificada e desnecessária em particular para com aqueles que mais amo.
Mas como consegui-lo?
A resposta a esta questão tem sido uma das minhas últimas demandas e cada vez mais me convenço que a encontrarei nas mais pequenas coisas. Naquelas que apesar de sempre presentes tão raramente paro para as apreciar - as sensações. Sentir os cheiros, ouvir os sons, observar as cores, e todas as outras sensações que existem sem as julgar ou censurar. Sem dar ouvido àquela "voz" que sempre lhes encontra algum defeito as rotula como insignificantes ou arranja algo mais importante para fazer. Resumindo: O Momento Presente.

Afinal como posso ter a certeza que estar noutro local a fazer algo diferente seria o melhor para mim?
Simplesmente não posso!
A verdade é que crescemos e aprendemos com as nossas experiências do dia-a-dia e não tenho como garantir que não existam tantas lições ainda por aprender naquele lugar. Por isso talvez o melhor para mim seja mesmo estar aqui a fazer precisamente o que faço todos os dias.
Sei que se me entregar totalmente ao meu trabalho serei, seguramente melhor profissional, provavelmente melhor colega e poderei, possivelmente, evoluir noutras direcções.
Apenas não posso ver o presente como um simples meio para chegar a um “futuro melhor” pois isso não é amar a realidade e não me dará, a todos os níveis, a mesma satisfação não passando apenas de uma máscara diferente.

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quarta-feira, 14 de janeiro de 2009

Pinturas

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Este Natal arranjei um desafio que acabou por se tornar maior do que o inicialmente previsto: Aguarelas!
Tendo na família um tio a quem que nunca sei o que dar pois, além da idade, tem posses para comprar o que quiser quando quiser, decidi pintar umas tulipas em aguarela:





















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Não estão, seguramente, fabulosas, mas tratando-se da técnica de pintura mais difícil de todas e tendo em conta que apenas tive cerca de quatro ou cinco aulas há mais de cinco anos, confesso que me senti bastante orgulhosa do resultado, e assim aventurei-me numa outra:


Este foi bem mais audacioso, e embora baseado numa aguarela cujo autor desconheço, não se tratou de qualquer tentativa de imitação.
A verdade é que animada pelos elogios do meu irmão, licenciado em pintura pela ESBAL (se é que ainda é assim que se chama), decidi comprar um livro e aprofundar os meus conhecimentos e foi aí que o maior desafio surgiu:
Para quem, como eu, facilmente desiste quando o resultado do meu trabalho não coincide com as expectativas, esta tarefa facilmente se vai tornar árdua pois é bastante mais fácil imaginar lindas pinturas do que realizá-las.
A outra batalha a travar, que acaba por estar relacionada com a primeira, é pintar apenas pelo prazer deixando a mente do lado de fora e assim com ela a censura...

Veremos o resultado!.