sábado, 6 de dezembro de 2008

Por detrás da porta

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..............................................Imagem retirada da Internet


Decidir divulgar o endereço deste blog pelos meus colegas de trabalho foi tarefa difícil e razão de demorada luta interior. Por um lado ainda trata-se de um número considerável de pessoas, alguns deles já familiarizados com o meu trabalho e clientes, outros nem tanto, e não existe melhor e mais rápida forma de o dar a conhecer a todos. Por outro... É claro que se o que aqui escrevo não fosse para ser lido por outros este seria o local mais errado possível para o fazer, mas uma coisa é serem amigos e pessoas que não conheço pessoalmente a lê-lo, outra são pessoas que me conhecem apenas superficialmente. Embora nunca tenha alterado a minha forma de ser para agradar a outros, a verdade é que sempre fui altamente sensível à opinião alheia, ansiosa por um elogio ou uma simples palavra agradável. E o que vão pensar de mim ao ler o que aqui escrevo?
A conclusão óbvia foi acabar por enviar um e-mail com o link para dezenas de pessoas e ficar à espera de um único comentário que não chegou. E agora?
Um dia houve em que me sentia "em baixo", uma leve depressão que me irritava porque não fazia sentido e decidi fazer O Trabalho. Não precisei de o completar porque quando cheguei à parte "Como me sentiria se não fosse capaz de ter esse pensamento" a sensação foi de tamanha leveza que automaticamente substituiu a anterior e senti-me particularmente feliz por ter conseguido libertar-me da necessidade daquela "palmadinha nas costas".

Não deixo de considerar curioso como consigo ter tamanhos opostos dentro de mim. Sou insegura em determinas das situações e confiante noutras. Sinto falta de reconhecimento mas não mudo uma vírgula apenas para o receber. Quero ser aceite por outros mas sinto-me bem sozinha. Quero que me procurem , mas não corro atrás.
Durante muito tempo pensei que apenas eu era assim até um dia, há muitos anos, alguém que aparentava ser altamente confiante e até um pouco arrogante, numa conversa acidental me confiou que por dentro se sentia insegura e que acreditava sermos todos assim.
Desde esse dia que comecei a ver as pessoas de outra maneira, mas continuo a acreditar que terei, pelo menos alguns, opostos mais extremos que a maioria delas...


Como acredito que tudo o que nos acontece tem uma lição a aprender, hoje estou convencida que acabei de atravessar um teste onde foi posta à prova a capacidade de ultrapassar a minha necessidade de aprovação.
Concluído com sucesso!


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