A viagem à descoberta dos meus pensamentos tem sido algo de verdadeiramente extraordinário com muitas realizações surpreendentes.
Chegar à conclusão que não são eles que complicam a minha vida, mas sim o facto de acreditar e me confundir com eles pode, à partida, parecer pouco especial, mas a verdade é que, se o método é bastante simples, o ir ao mais fundo de mim mesma e reconhecer todas as minhas fragilidades e medos nada tem de fácil e exige uma boa dose de coragem.
No final, a viagem vale, sem qualquer dúvida, a pena pois além de muitas vezes terminar a rir de e comigo mesma, a sensação de liberdade é extasiante.
Há muito tempo alguém me disse que todas as pessoas que encontramos são um espelho de nós mesmos e Ken Keyes Jr. disse uma vez:
"Uma pessoa adorável vive num mundo adorável. Uma pessoa hostil vive num mundo hostil. Todas as pessoas que encontra são o seu espelho."
Confesso que apenas agora começo a concordar e a compreender o seu verdadeiro significado. Não se trata de ter algo em comum com um violador ou um pedófilo, seguramente, mas sim conseguir reconhecer em mim própria os pontos negativos em que cada experiência menos positiva toca.
Confesso que apenas agora começo a concordar e a compreender o seu verdadeiro significado. Não se trata de ter algo em comum com um violador ou um pedófilo, seguramente, mas sim conseguir reconhecer em mim própria os pontos negativos em que cada experiência menos positiva toca.
Um destes dias fiz O Trabalho sobre uma pessoa que embora de forma algo indirecta tem uma importância bastante significativa na minha vida por se tratar do namorado de uma grande amiga minha e grande amigo do meu marido...
Alguém que tocava em MUITOS pontos negativos e que, com frequência, me irritava a um nível bastante profundo. Alguém que está convencido saber sempre tudo e mais que qualquer pessoa. Que muda o discurso consoante os seus próprios interesses de forma bastante egoísta. Ninguém parece saber fazer nada tão bem como ele e é perito em chamar à atenção quem ele considera estar a agir de forma incorrecta acabando por se meter onde não devia. E é claro que não podia deixar de ter uma grande dificuldade em ver o que ele próprio faz de menos bem.
Pois o meu Inquérito correu mais ou menos da seguinte forma:
Tenho a certeza que é verdade?
Como ele pensa para além do que diz? Não, não posso ter!
Como me sinto quando tenho este tipo de pensamentos?
Profundamente irritada, e muito pouco simpática para com ele mesmo que indirectamente.
Como seria eu se não fosse capaz de ter estes pensamentos?
Seguramente mais descontraída, menos crítica, capaz de ver a pessoa culta, inteligente e bem disposta que é.
Inversões:
O X não se mete onde não deve - bem... a verdade é que comigo ele não o faz! (provavelmente por já me conhecer o suficiente...:-))
Eu meto-me onde não devo - É um facto! Afinal nenhuma das situações sobre as quais opino tem directamente a ver comigo.
Eu tenho a mania que sei tudo - Sem dúvida, ao querer que ele aja como eu penso que deve agir, que pense conforme eu acho que deve pensar.
Eu sou egoísta - E sou mesmo quando não penso como se devem sentir a minha amiga ou o meu marido quando critico de forma tão veemente alguém que eles tanto gostam.
Este foi, sem dúvida, um dos trabalhos com maior efeito em mim:
Quando terminei, não só me tinha rido de mim própria de forma positiva como cheguei à conclusão que tenho criticado alguém que até gosto bastante quando não estou tão empenhada em ver apenas os seus aspectos menos simpáticos como, no que diz respeito aos negativos, percebi que o barrete também me serve.
VALE A PENA!
2 comentários:
Olá.
Vou tentar fazer esse mesmo exercício, quando essa pessoa me tirar do sério (o que acontece frequentemente) :) Espero que resulte :))
Beijinhos.
Sandra estou a adorar ler tuo o que escreves nasces-te para isto, ajudar os outros a se encontrarem, vou tentar ler mais, jinhos
Paulinha casinha de artes
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