. . . . .. . . . . . . . . . . . . . ...Imagem retirada da Internet
Recebi recentemente um convite para um curso intensivo de arte terapia a realizar pela S.P.A.T. nos próximos dias 28 e 29 de Novembro. Isso fez reacender-se em mim uma já antiga curiosidade sobre a arte terapia, e levou-me a ler sobre esta forma de arte tão diferente da que fez parte de alguns dos mais importantes anos da minha vida de uma forma não tão positiva como eu gostaria e deveria ter sido. Algo que me surpreendeu foi que, ao contrário do que pensava, a arte terapia não incide sobre a análise ao que as pessoas fazem, pelo menos para a maioria dos arte terapeutas, mas sim no apoio e orientação do cliente incentivando este a identificar o significado do que produziu.À semelhança da Focalização, também aqui o cliente é levado a fazer um fazer um intenso trabalho interior estando sempre no comando do seu próprio processo. Para alguém fundamentalmente analítico como eu, juntando as inúmeras aulas de arte de arte e as nem sempre positivas críticas que recebi, conseguir largar as regras e pôr no papel o que quer que seja sem estar constantemente a pensar se está ou não “bonito” é algo brutalmente difícil e um desafio que estou disposta a enfrentar.
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Num passeio pela internet descobri as mandalas. Acredito que, para mim, nada podia ser melhor para começar e para voltar a pegar ao fim de tanto tempo nas canetas e nos lápis de cor.
Foi uma sensação extraordinária!
É sem qualquer dúvida, uma actividade relaxante e estava ao mesmo tempo a fazer algo “bonito”. Como os primeiros desenhos que imprimi tinham imagens concretas de flores, estrelas e anjinhos, é claro que as primeiras cores em que peguei, foram o amarelo para as estrelas, rosa para as flores e tudo como é “suposto”. Depois o meu “bichinho” interior, já espicaçado pelo desafio anteriormente assumido resolveu “quebrar as regras” e troquei as cores todas. Foi divertido e continuei a obter um resultado visual agradável. Que mais podia pedir?
Volto a afirmar que foi uma sensação fantástica e só me apetecia continuar agarrada aos lápis e às canetas, debruçada sobre umas folhas de papel a pintar.
Pode soar infantil, mas é aí mesmo que reside o âmago da questão: vivemos os nossos dias agarrados às nossas rotinas, presos nos nossos problemas e, na maioria dos casos, esquecemo-nos de "brincar", de descontrair e do tão bem que isso nos fazia sentir.
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