Ao aprofundar a minha reacção a determinadas situações concluí que não são, de facto, estas que me fazem sofrer, mas sim o que penso sobre elas:
- Se estou presa numa fila de trânsito posso pensar "Meu Deus, tenho tanto trabalho para fazer e estou aqui parada! E isto não anda! Porque é que não saí de casa mais cedo?" e ficar num estado de ansiedade que não me faz chegar mais cedo. Ou posso analisar os meus pensamentos...
- Isso é mesmo verdade? Não, não é. A verdade é que estou aqui, não saí mais cedo, e vou chegar tarde.
- Como reajo quando tenho estes pensamentos? Sinto-me ansiosa, tensa, o meu ritmo cardíaco dispara e a mente divaga por tudo o que podia estar a fazer e não estou.
- Como seria sem este pensamento? Sentir-me-ia descontraída, a ver o sol a espreitar por entre as nuvens, saboreava a música do rádio ou divertia-me com as inúmeras caras e situações que se passam nos carros que me rodeiam.
- Invertendo: Ainda bem que fiquei parada no trânsito, assim posso passar uns minutos sem preocupações, o que é TÃO raro, e o trabalho acabará por ser feito de qualquer forma.
UAU! Pode parecer exagero, mas foi assim mesmo que me senti!
Era apenas a forma como estava a encarar a situação em si que me provocava mal estar. Assim que mudei a história senti-me livre e descontraída.
Assim tão fácil?
É uma questão de tentar para ver!
Quando ainda não estamos familiarizados com o inquérito deve-se SEMPRE escrever as respostas, pois a nossa mente é perita em dar a volta às questões e contra-argumentar qualquer resposta. Ao escrever vamos até ao nosso mais profundo interior e conseguimos uma sinceridade sem ego.
Esta é a minha nova forma de abraçar o que é e não lutar contra uma realidade que não tenho como mudar.
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