terça-feira, 2 de setembro de 2008

Devia ser diferente...


Quando comecei a pensar onde, na minha vida, melhor poderia utilizar o método de Byron Katie vieram-me à ideia algumas questões que, de certa forma, ainda me magoam e que gostaria de ver resolvidas e verifiquei que, sorte a minha, não eram muitas.
Depois comecei a pensar num dia-a-dia comum e quantos pequenos "devia/não devia ser assim" mais ou menos directos me ocorriam e fiquei surpreendida...
- O despertador não devia tocar tão cedo;
- Eu não devia ter de ir trabalhar tão cedo;
- O meu filho devia ser mais despachado;
- A minha filha não devia chorar tanto;
- Aquela camisa já devia estar passada;
- O meu cabelo não devia estar levantado;
- Não devia estar tanto frio;
- As obras da estrada já deviam ter terminado;
- Não devia haver tanto trânsito;
- Aquele condutor não se devia ter atravessado à minha frente;
- Esta gente devia ir aprender a conduzir e o que é civismo;
- Devia ter um lugar para estacionar mesmo à porta do meu trabalho;
- Quando eu digo bom dia esta gente devia responder;
- O meu chefe já devia ter chegado;
- Devia ter mais tempo para terminar este trabalho;
- Devia ser promovida;
- Devia ganhar mais e pronto;
- Devia ter uma hora de almoço decente;
- O empregado do restaurante devia ser mais simpático;
- Já deviam ser horas de me ir embora;
- Devia ter uma empregada para me fazer as coisas de casa;
- Não deviam estar sempre a aumentar os preços das coisas;
- O dia devia ter mais horas para eu conseguir fazer tudo o que preciso;
- Devia ter-me lembrado de comprar aquilo;
- O meu vizinho devia fazer menos barulho;
- Devia ter dinheiro para comprar uma casa maior,
- Devia sair-me o Euromilhões;
- ...

Será que só eu é que sou assim????
Sinto-me um tanto deprimida ao constatar tamanha luta contra a realidade!
A verdade é que as coisas são como são e a única coisa que ganho ao não as aceitar será uma dor de cabeça ao fim do dia e as suas consequências - pouca paciência para os filhos e marido, frequentes discussões com todos e aumento da dor de cabeça para no dia seguinte começar tudo de novo.

Que adianta?
Como diz a Katie:
"Quando discuto com a realidade perco, mas só cem por cento das vezes"

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