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terça-feira, 22 de dezembro de 2009
Um Feliz Natal
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quinta-feira, 19 de novembro de 2009
Um sonho especial
quarta-feira, 18 de novembro de 2009
Brincar com a arte
. . . . .. . . . . . . . . . . . . . ...Imagem retirada da Internet
Recebi recentemente um convite para um curso intensivo de arte terapia a realizar pela S.P.A.T. nos próximos dias 28 e 29 de Novembro. Isso fez reacender-se em mim uma já antiga curiosidade sobre a arte terapia, e levou-me a ler sobre esta forma de arte tão diferente da que fez parte de alguns dos mais importantes anos da minha vida de uma forma não tão positiva como eu gostaria e deveria ter sido. Algo que me surpreendeu foi que, ao contrário do que pensava, a arte terapia não incide sobre a análise ao que as pessoas fazem, pelo menos para a maioria dos arte terapeutas, mas sim no apoio e orientação do cliente incentivando este a identificar o significado do que produziu.À semelhança da Focalização, também aqui o cliente é levado a fazer um fazer um intenso trabalho interior estando sempre no comando do seu próprio processo. Para alguém fundamentalmente analítico como eu, juntando as inúmeras aulas de arte de arte e as nem sempre positivas críticas que recebi, conseguir largar as regras e pôr no papel o que quer que seja sem estar constantemente a pensar se está ou não “bonito” é algo brutalmente difícil e um desafio que estou disposta a enfrentar.
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Num passeio pela internet descobri as mandalas. Acredito que, para mim, nada podia ser melhor para começar e para voltar a pegar ao fim de tanto tempo nas canetas e nos lápis de cor.
Foi uma sensação extraordinária!
É sem qualquer dúvida, uma actividade relaxante e estava ao mesmo tempo a fazer algo “bonito”. Como os primeiros desenhos que imprimi tinham imagens concretas de flores, estrelas e anjinhos, é claro que as primeiras cores em que peguei, foram o amarelo para as estrelas, rosa para as flores e tudo como é “suposto”. Depois o meu “bichinho” interior, já espicaçado pelo desafio anteriormente assumido resolveu “quebrar as regras” e troquei as cores todas. Foi divertido e continuei a obter um resultado visual agradável. Que mais podia pedir?
Volto a afirmar que foi uma sensação fantástica e só me apetecia continuar agarrada aos lápis e às canetas, debruçada sobre umas folhas de papel a pintar.
Pode soar infantil, mas é aí mesmo que reside o âmago da questão: vivemos os nossos dias agarrados às nossas rotinas, presos nos nossos problemas e, na maioria dos casos, esquecemo-nos de "brincar", de descontrair e do tão bem que isso nos fazia sentir.
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quinta-feira, 15 de outubro de 2009
Sonhar um sonho
......................Imagem retirada da Internet
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domingo, 23 de agosto de 2009
Percursos
.................................................Imagem retirada da Internet
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Há cerca de um ano atrás descobri Byron Katie e, considerando todo o meu percurso de auto-descoberta, ela fez-me fazer uma espécie de triagem sobre tudo o que tinha lido e aprendido e perceber o que fazia ou não sentido tendo-se tornado num ponto de viragem no meu caminho. Depois vieram Eckheart Tolle e Gina Lake que, tendo em comum com Byron Katie - o momento presente e a sua realidade imutável - me levaram um pouco mais longe. Christianne Águas também foi, e ainda é, importante na forma como estruturo os meus pensamentos, a minha forma de pensar.
Mas nenhum deles me ensinou a lidar com as minhas emoções negativas. Quando me sentia mal, fazer O Trabalho por escrito resultava mas apenas para as coisas mais leves como pequenos atritos no trabalho ou com amigos entre outros. Para os medos de longa data, os mais intrínsecos ou situações verdadeiramente complicadas ou dolorosas a mente prevalece e muitas vezes acabava por conseguir ultrapassar remetendo-os para um canto escondido algures dentro de mim sem que os resolvesse verdadeiramente.
Foi então que descobri "Focusing":
Focusing é uma técnica desenvolvida pelo Professor Gene Gendlin que, nos anos 60, começou uma investigação sobre a questão "Porque é que a psicoterapia ajuda algumas pessoas e não outras?". Após gravarem centenas de sessões completas com diversos terapeutas e clientes, e tendo comparado e analisado exaustivamente as mesmas, ele e os seus colegas chegaram à conclusão que a diferença não estava nos profissionais nem nas técnicas por eles utilizadas mas sim nos clientes.
Os pacientes que obtinham sucesso tinham uma consciência física vaga e difícil de descrever que sentiam directamente durante as sessões enquanto os outros mantinham uma postura inteiramente racional.
Focusing é um processo de auto-consciência e cura emocional orientado para o corpo. É tão simples quanto apercebermo-nos de como nos sentimos e então ter uma conversa com as nossas sensações em que, basicamente, fazemos o papel de ouvintes. É estabelecermos uma relação de amizade com o nosso corpo, onde prevalecem a abertura total e ausência de críticas, de forma a podermos ouvir e entender a mensagem que ele tem para nos transmitir quando se manifesta através de emoções e sensações físicas.
Em Portugal ainda não existe nada sobre este tema na nossa língua e a minha actual ambição começa por traduzir um dos livros, encontrar uma editora interessada em publicá-lo (o mais difícil) e tirar os cursos necessários de modo a poder tornar-me professora deste método e ajudar a trazê-lo para cá pois estou absolutamente convencida do seu enorme potencial para ajudar a mudar a vida a inúmeras pessoas.
Um sonho ambicioso, talvez, mas se este for de facto o meu caminho então estou certa que as coincidências acontecerão e as portas acabarão por se abrir.
Agora e sempre - um dia de cada vez.
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sábado, 18 de julho de 2009
Aprender a Ser
segunda-feira, 22 de junho de 2009
Atelier p/Vítimas de violência doméstica
............................ ...... . Imagem retirada da Internet
No seguimento do meu último post quero aqui descrever a ideia que me surgiu recentemente e que, em conjunto com a minha amiga Paulinha da Casinha de Artes, estou a desenvolver e tentar levar à prática:
Trata-se de criar um atelier de Artes Manuais destinado a abrigos que acolhem mulheres e crianças vítimas de violência doméstica na cidade de Lisboa com duração de aproximadamente 1H30 por semana em regime de voluntariado.
Conscientes de que as mulheres que se refugiam nestes abrigos se encontram numa condição psicológica particularmente sensível, em fase de transição e do sigilo em que tudo se desenrola, pretendemos proporcionar-lhes algum tempo longe dos seus problemas dedicando-se a pequenas actividades onde possam verificar resultados rapidamente, num único dia, e orgulhar-se do trabalho efectuado com as suas próprias mãos.
Não sei se estou a ser demasiado “romântica” ou a sonhar alto demais, mas embora este tipo de coisas pareçam, a muitas pessoas, pertencerem a um mundo distante, a verdade é que os números referentes à violência doméstica são cada vez mais altos, quer seja por haver cada vez mais denúncias, ou agressões e, da minha parte, gostava de dar a minha humilde contribuição com algum do pouco tempo que tenho…
O e-mail com a proposta já foi enviado para várias associações e aguardamos agora resposta.
Estou convicta do seu valor e se não for neste formato, quem sabe de alguma outra forma elaborada em conjunto com quem vive este tema por dentro no seu dia-a-dia.
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sábado, 23 de maio de 2009
Mulheres fantásticas
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No meu reduzido grupo de AMIGOS tenho duas mulheres que considero fantásticas e que muito admiro e invejo (no bom sentido):
Uma é “Uma Mulher Fantástica” que conheci há poucos anos e desde a primeira vez que os nossos olhos se cruzaram existiu aquela sensação de reconhecimento. Não tenho a mínima dúvida que, independente do percurso de vida que cada uma nós tem pela frente e das pessoas que nele hão de entrar e sair, a nossa amizade a tudo há de sobreviver.
Esta MULHER é professora de alma e coração que, sem pertencer ainda aos quadros do ministério, não deixa ninguém indiferente por onde tem passado e os seus alunos sempre se despedem dela de lágrimas nos olhos.
Impossível não lamentar que não existam no nosso sistema de ensino mais professores como ela que, pondo de lado a falta de apoio e incentivo do estado e todas as razões de queixa, que sem dúvida tem como todos os outros, aposta tudo nos jovens que lhe vão parar às mãos.
Para além disto ainda criou um programa especial para reclusos e por muita televisão que possamos ver e nos tentarmos imaginar no seu lugar, nada se pode comparar à descrição que ela fez das primeiras vezes que entrou naquelas instalações (e está a trabalhar com várias prisões) e sentir como que milhares de olhos postos em si, ouvir todo o tipo de comentários e engolir em seco, em particular nas primeiras aulas, para não pensar no possível/provável passado de cada homem que se sentava à sua frente…
Uma visita ao http://aspalavrasnuncatedirei.blogs.sapo.pt/ e encontrarão o seu coração.
A outra, não menos fantástica MULHER, já entrou na minha vida há perto de 15 anos e mesmo tendo passado mais de 7 durante os quais perdemos contacto, não deixa de ser curioso em como de ambas as vezes que fiquei grávida dos meus filhos ela foi uma das primeiras pessoas a saber… Admiro-a muito pela coragem que poucos conseguem ter para largar um emprego estável com ordenado garantido (tanto quanto possível nos dias de hoje) para seguir o seu sonho e hoje faz workshops de artes decorativas principalmente com crianças, a sua maior paixão, entre elas algumas com problemas e necessidades especiais com quem tido resultados extraordinários. E se tem passado por dificuldades e obstáculos de todos os tipos a verdade é que não tenho dúvidas que quem segue o coração e se entrega de corpo e alma tudo supera!
O seu trabalho pode ser espreitado em http://casinhadeartes.blogspot.com/ e, para quem gosta deste tipo de artes, pode encontrá-la na próxima FIL Artesanato de 27 de Junho a 5 de Julho.
Estas MULHERES são os meus exemplos pessoais do tipo de vida que ambiciono para mim mesma porque sempre fui uma pessoa de paixões, daquelas que o dinheiro por si só não serve de motivação, preciso de fazer algo que faça todo o meu ser vibrar.
Com um emprego fixo e uma criança de pouco mais de um ano (que exige muito mais tempo e atenção que a mais crescida que já é autónoma), praticamente não tenho tempo para sequer respirar e isso está a fazer-me, lentamente, esmorecer, sufocar...
Nasci com capacidades para fazer qualquer tipo de trabalho manual e já muitos me disseram, ao ver os meus trabalhos, que me estou a desperdiçar no banco, mas também não me imagino a fazer disso vida... Gosto de experimentar coisas novas, testar diferentes materiais, ver os resultados mas repetir para venda, por exemplo, já não me atrai.
Também sou fascinada pela mente humana, com todas as suas complicações, mas ficar sentada num consultório a ouvir pessoas atrás de pessoas a queixarem-se das suas vidas não é para mim.
Sei que tenho muito para dar e, se nunca encontrei algo concreto que adorasse e que pudesse desenvolver, uma das coisas que me aquece por dentro e me preenche por completo é conseguir ajudar alguém que está a passar um mau bocado a sentir-se melhor e é algures por aqui que a semente de um projecto que envolve um pouco de cada uma destas coisas se tem vindo a desenvolver na minha mente.
Até breve!
sexta-feira, 15 de maio de 2009
Tão Simples...
terça-feira, 28 de abril de 2009
Mulher Coragem
............................................Imagem retirada da Internet
Susan Boyle é uma mulher inglesa, solteira, de 47 anos, que vive com o seu gato, e que participou no programa britânico "Britain's Got Talent" semelhante ao "American Idol" que é exibido nas nossas televisões.
Com o seu ar algo provinciano esta MULHER (e escrevo-o em maiúsculas por acreditar que o merece) teve a verdadeira audácia de enfrentar uma audiência composta maioritariamente por jovens ambiciosos que se riem de si, assim como um júri de três pessoas entre as quais Simon Conwell que assim que a viu exibia o seu já familiar ar que parece dizer "tirem-me deste filme", com boa disposição e sentido de humor.
A verdade é que quando ela começa a cantar o ar de espanto de todos os presentes naquele auditório é indescritível e penso que não será muito diferente do de qualquer pessoa que veja este vídeo - a sua voz é verdadeiramente extraordinária!
Rapidamente todos a aplaudiam em pé incluindo os júurados (com a excepção de Simon, claro, embora de boca aberta) e no final é notória a sua surpresa ao ouvir que tinha passado a eliminatória.
Vale a pena pensar até que ponto estamos nós preparados para ir para ir atrás dos nossos sonhos e como somos preconceituosos e tantas vezes julgamos pelas aparências.
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http://www.dailymotion.com/video/x9119v_la-voz-del-2009_music
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sexta-feira, 24 de abril de 2009
O meu novo Site
quinta-feira, 9 de abril de 2009
A sabedoria da idade
....................Imagem retirada de Flickr.com
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Esta manhã o André Henriques, das Mega Manhãs que gosto de ouvir a caminho do trabalho, contava uma história sobre o sismo que atingiu a região de Abruzzos, em Itália, na noite do último domingo, um milagre no meio da devastação:
Uma senhora com 98 anos, seu nome Maria, ficou presa nos escombros durante 30 Horas e quando a resgataram pediu um pente para se pentear. Contou então que durante esse período se entreteve a fazer tricot com uma agulha que levava consigo e um novelo encontrado perdido e assim passou o tempo sem pânicos nem aflições.
Que se pode dizer sobre tamanha lição de vida?
Estou certa que Maria nunca ouviu falar de Byron Katie e "O Trabalho" nem tão pouco de Eckhart Tolle e "O Poder do Agora", e a verdade é que a sua atitude foi exactamente o que ambos apregoam - nada mais que aceitar totalmente o que o presente lhe havia trazido.
Quanto teremos de viver e sofrer para aprender a viver assim?
E porque despreza tanto a nossa sociedade aqueles que mais têm para nos ensinar?
?
Uma boa Páscoa para todos!
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quarta-feira, 8 de abril de 2009
Querer ou talvez nem tanto...
................... ....Imagem retirada da Internet
"Basta" QUERER MUITO!
segunda-feira, 6 de abril de 2009
Encontra o caminho da apreciação
If you don't appreciate what you have in life right now, whatever it is, you will never realize your purpose. Without appreciation, you will never become strong enough to respect yourself.
quarta-feira, 18 de março de 2009
Maus Colegas
....................Imagem retirada da Internet
Quem nunca teve um mau colega?
Um colega meu teve, há poucas semanas, uma discussão com o nosso chefe que, a meu ver, tinha mais razão que ele, e desde aí o seu rendimento que já não era alto caiu a pique. Entretanto decidiu meter baixa por 3 semanas e a maior parte de nós pensou que se iria prolongar, mas não, voltou e com o mesmo ritmo dos dias imediatamente anteriores.
Tudo isto poder-me-ia ter passado ao lado não fosse ter começado, há não muito tempo atrás, a aprender o seu trabalho para o poder substituir durante as férias e outras ausências pelo que nessa altura estava ainda muito "verde" e fui apanhada de surpresa com diversas situações que não sabia mesmo fazer mas tudo acabou por se resolver.
Também isto nada teve de transcendente mas houve algo pelo meio que me deixou verdadeiramente irritada: no dia em que ficou de baixa o dito Sr. entrou no nosso local de trabalho sem sequer um "Bom dia" dirigindo-se directamente ao chefe para entregar o documento optando igualmente por me ignorar quando lhe dirigi palavra e saindo sem mais.
Ele pode ter os seus motivos para estar revoltado com a chefia, mas pessoalmente nuca lhe dei qualquer motivo para ser rude e, principalmente como colega que o ia substituir, não esperava tamanha falta de consideração. Agora sou constantemente chamada para o ajudar a concluir tarefas (que quando sozinha não tive qualquer dificuldade em desempenhar sozinha) atrasando assim o meu trabalho e a irritação começou a acumular-se dentro de mim.
Quando decidi fazer O Trabalho sobre isto a minha mente começou por se opôr terminantemente: era como se ao deixar de estar chateada com ele lhe estivesse a dar razão. Ele e a sua atitude estavam certos e eu errada por me sentir assim. Ora isto é algo que o meu ego tem MUITA dificuldade em aceitar.
Mas o facto é que ele fez o que fez porque achou que devia fazer e nada pode mudar essa realidade. Não me compete a mim decidir a forma como ele se deve sentir e agir acima de tudo quando não faço a mínima ideia do que vai pela sua cabeça. Mas posso e DEVO alterar a forma como isso me faz sentir principalmente quando essa sensação é tão negativa. Se entrasse em conflito directo com ele teria mais problemas que vantagens e iria certamente criar um péssimo ambiente de trabalho. Do outro lado tenho a hipótese de fazer o meu trabalho o melhor possível reduzindo ao mínimo indispensável a comunicação entre nós.
E desta forma não foi tão difícil convencer o meu ego que nem tudo passa por estar certa ou errada
E também posso optar por ver nele uma pessoa triste e revoltada que interiormente se deve sentir bastante mal e que não teve provavelmente a intenção de me ofender directamente.
Questionar os meus pensamentos nem sempre começa por ser fácil e simples, mas termina SEMPRE da melhor forma.
É bem mais fácil viver assim!
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quinta-feira, 26 de fevereiro de 2009
Medo
..................Imagem retirada de Flickr.com
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Se perguntar por aí se o "Medo" é saudável, estou certa que a maioria das pessoas me responderá que sim, muitas poderão dizer “sim, até certa medida”, mas ninguém, ou muitíssimo poucos responderiam não.
Pois cada vez mais me convenço que o medo pouco ou nada tem de saudável, que ajuda muito menos que atrapalha.
Quantas vezes deixamos de fazer o que gostaríamos ou até de seguir determinado rumo de vida com medo do futuro e de nos vermos perante dificuldades que, no momento presente, apenas existem na nossa cabeça...
O certo é que, independentemente do que escolhermos fazer, iremos SEMPRE, mais tarde ou mais cedo, deparar com dificuldades e, a meu ver, ainda bem pois são elas que mais nos ajudam a crescer. Então se assim é, talvez seja mais correcto, e saudável, seguir o que o nosso coração nos diz pois, sem qualquer dúvida, o que vem do coração traz-nos mais felicidade e prazer.
Mas mesmo nas mais pequenas coisas do dia-a-dia o medo pode atrapalhar - não corremos riscos com medo do preço a pagar, protegemos os nossos filhos com medo do que lhes possa acontecer...
Isso é bom?
Quero com isso dizer que os devemos deixar fazer o que quiserem sem conta nem medida?
Certamente que não tanto, mas existe medo e existe respeito!
Obviamente que é necessário ter em conta que tudo o que fazemos tem consequências e algumas bem pesadas e isso é algo que não podemos esquecer, mas uma coisa é a ponderação e o respeito pela vida, outra, muito diferente, é o MEDO.
Através da ponderação, principalmente quando damos mais ouvidos ao coração que à mente, poderemos viver a vida de forma plena que nos faz sentir preenchidos e mais vivos.
Também há quem diga que vive muito bem sem correr riscos mas será que, lá bem no fundo, não esconde um certo vazio?
Não empurrará para o canto mais longínquo da sua mente a vontade de fazer algo por simples prazer sem pensar em NADA?
Se me proibir ou ao meu filho de me/se aventurar em determinada diversão mais arriscada, posso, sem dúvida, estar a preservar a minha/sua integridade física, ou até mesmo a vida mas provavelmente também me/o estarei a privar de sensações únicas e insubstituíveis. E qualquer um de nós se poderá magoar ao tropeçar e cair de umas escadas e não é por isso que vamos deixar de as subir ou descer!
Depois também existe a DÚVIDA, prima direita do MEDO, que, de forma mais subtil que este, tantas vezes nos leva a evitar determinados percursos simplesmente porque talvez não seja o melhor...
Esta, para mim, tem sido bem mais paralizadora que o MEDO em si - se por um lado me considero uma pessoa aventureira, por outro são inúmeras as coisas que já deixei de fazer, ou apenas de terminar porque duvido das minhas próprias capacidades...
Vozinha irritante esta que sempre põe em causa qualquer coisa mais "arriscada", mais fora do habitual, que me proponha fazer, como quem eleva a fasquia mas depois não acredita ser capaz de a atingir. Como a faço entender que ninguém nasce ensinado e que é através do erro que se chega à perfeição. A mente sabe mas...
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terça-feira, 3 de fevereiro de 2009
A preto e Branco
......................Imagem retirada de Flickr.com
Quando conhecemos alguém pela primeira vez de imediato formamos uma opinião. Algumas pessoas orgulham-se de raramente errar, pessoalmente chego, de vez em quando, à conclusão que me enganei e por vezes redondamente.
Agora pergunto:
Será que estamos mesmo certos quer se confirmem ou não as primeiras impressões?
Até que ponto conhecemos MESMO alguém por mais convívio que tenhamos com ela?
Tenho a certeza que a maioria das pessoas que conheço, e algumas delas há muitos anos, se lessem este blog, se surpreenderiam com o lado que aqui mostro.
Como é possível sabermos o que leva alguém a tomar determinada atitude que nos ofende e/ou magoa? O que se passará na vida dessa pessoa ou como se sentirá ela nesse preciso momento? Quem somos nós para julgar ou condenar?
Só nós mesmos sabemos o que nos passa pela cabeça no preciso momento em que respondemos "torto" a alguém ou até quando tomamos uma decisão que por vezes até nós mesmos surpreende.
Mas uma coisa é justificarmos a nós mesmos as nossas próprias acções, e o Ego sempre encontra um motivo por muito pouco plausível que até possa ser, outra é vermos noutro alguém semelhante a nós com os seus motivos que desconhecemos numa pessoa que nos "agride".
Quando o nosso Ego se sente ofendido é tão rápido a saltar em sua própria defesa que julga e condena sem parar tempo suficiente para ponderar se tem direito a tal ou não.
Quer isto dizer que temos o direito de ofender quem quisermos e o dever de "dar a outra face" a quem nos agride?
Talvez se todos aprendermos a ver o mundo e as pessoas que nos cercam de forma mais colorida, possamos agir e reagir de forma mais ponderada e pacífica sem pisar ninguém pelo caminho vendo nos outros seres humanos iguais a nós.
Afinal não vivemos num mundo a Preto-e-Branco.
sábado, 24 de janeiro de 2009
No Trabalho
.............................Imagem retirada de Flickr.com
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Aprender a gostar do meu trabalho é, por si só, uma ideia que há uns anos atrás me pareceria aterradora.
Quantas vezes exclamei convicta:
"Não sou uma pessoa conformista!"
Hoje, com o peso de experiências passadas, aquilo a que chamamos maturidade, olho para trás e verifico que essa atitude me trouxe mais dissabores que benefícios.
Se me perguntarem se me agrada imaginar-me daqui a 30, 20 ou mesmo 5 anos a fazer o mesmo que hoje, a resposta ainda é a mesma - ideia tão deprimente, a diferença é que hoje me recuso a pensar no assunto e tento, cada vez mais, viver o momento presente. Um dia de cada vez e nada mais.
Voltando ao início, e apesar de aceitar o meu actual dia-a-dia, a verdade é que aceitar não é gostar e sei que se aprendesse a gostar MESMO do meu trabalho, a minha vida, no geral, seria bem mais agradável. Deixaria, provavelmente, de sentir aquela insatisfação, desmotivação, que se mantém maioria das vezes bem enterrada mas contudo ainda presente e que, por isso, de vez em quando sobe à superfície sob a forma de impaciência e agressividade geralmente injustificada e desnecessária em particular para com aqueles que mais amo.
Mas como consegui-lo?
A resposta a esta questão tem sido uma das minhas últimas demandas e cada vez mais me convenço que a encontrarei nas mais pequenas coisas. Naquelas que apesar de sempre presentes tão raramente paro para as apreciar - as sensações. Sentir os cheiros, ouvir os sons, observar as cores, e todas as outras sensações que existem sem as julgar ou censurar. Sem dar ouvido àquela "voz" que sempre lhes encontra algum defeito as rotula como insignificantes ou arranja algo mais importante para fazer. Resumindo: O Momento Presente.
Afinal como posso ter a certeza que estar noutro local a fazer algo diferente seria o melhor para mim?
Simplesmente não posso!
A verdade é que crescemos e aprendemos com as nossas experiências do dia-a-dia e não tenho como garantir que não existam tantas lições ainda por aprender naquele lugar. Por isso talvez o melhor para mim seja mesmo estar aqui a fazer precisamente o que faço todos os dias.
Sei que se me entregar totalmente ao meu trabalho serei, seguramente melhor profissional, provavelmente melhor colega e poderei, possivelmente, evoluir noutras direcções.
Apenas não posso ver o presente como um simples meio para chegar a um “futuro melhor” pois isso não é amar a realidade e não me dará, a todos os níveis, a mesma satisfação não passando apenas de uma máscara diferente.
quarta-feira, 14 de janeiro de 2009
Pinturas
Este Natal arranjei um desafio que acabou por se tornar maior do que o inicialmente previsto: Aguarelas!
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Não estão, seguramente, fabulosas, mas tratando-se da técnica de pintura mais difícil de todas e tendo em conta que apenas tive cerca de quatro ou cinco aulas há mais de cinco anos, confesso que me senti bastante orgulhosa do resultado, e assim aventurei-me numa outra:
Este foi bem mais audacioso, e embora baseado numa aguarela cujo autor desconheço, não se tratou de qualquer tentativa de imitação.
A verdade é que animada pelos elogios do meu irmão, licenciado em pintura pela ESBAL (se é que ainda é assim que se chama), decidi comprar um livro e aprofundar os meus conhecimentos e foi aí que o maior desafio surgiu:
Para quem, como eu, facilmente desiste quando o resultado do meu trabalho não coincide com as expectativas, esta tarefa facilmente se vai tornar árdua pois é bastante mais fácil imaginar lindas pinturas do que realizá-las.
A outra batalha a travar, que acaba por estar relacionada com a primeira, é pintar apenas pelo prazer deixando a mente do lado de fora e assim com ela a censura...
Veremos o resultado!.